Esse
homenageado de hoje do “A
Arte Do Meu Povo”,
como diz o grande Rolando Boldrin, Viajou antes do combinado, pois
nos deixou cedo sendo vítima de um infarto fulminante.
Mesmo assim deixou seu nome gravado na Cultura Popular, fez
maravilhas em forma de música, foi e é responsável por muitos
sucessos na voz de outros artistas o site
http://www.musicapopular.org/accioly-neto/
fala assim do nosso Accioly
Neto...
“Nome
de peso entre compositores nordestinos, e pouco divulgado como
intérprete, dizem os forrozeiros de plantão que basta-se ir a um
show de forró, que vamos escutar alguma música da obra do
pernambucano Accioly
Netto.”
Sobre o nosso homenageado o site https://www.letras.com.br/biografia/accioly-neto nos traz o seguinte:
‘ Foi
observando os seresteiros amigos das irmãs velhas que, aos oito
anos, começou a tocar violão.
Proibido, a princípio,
pelo pai, treinava escondido, dentro do guarda-roupa, usando um
violão emprestado da irmã.
Apesar desse começo
conturbado, a partir daí não mais parou - seu interesse pela música
se estendeu á juventude e, aos 25 anos, Accioly Neto iniciava
carreira artística como vocalista dos grupos Bulldog e Big Som, no
Rio de Janeiro.
Surgiram as oportunidades para
participação em festivais de música, conseguindo, sempre,
classificar bem as suas composições.
O primeiro deles
foi o 7º Festival da Canção Popular de Muriaé (MG), em 1976,
quando se classificou em 3º lugar com a música Calouro de TV.
No
Recife novamente, liderou, como baixista, cantor e compositor o grupo
Acalanto.
Em 1977, sua música Severina Cooper, gravação
da Som Livre, foi classificada em 2º lugar na Primeira Cantoria de
Música Nordestina, promovida pela Rede Globo, no Teatro do
Parque.
Por essa época, com os grupos Acalanto e
Contrapeso, Accioly Neto participou dos shows Cante Enquanto Tem Boca
e Santo de Barro.
Em seguida foi para São Paulo, e teve
duas de suas músicas gravadas: Palavra de honra, por Jessé e Maria
Maravilha, por Vanusa.
Foi
em 1981, ano em que apresentou uma música no Festival MPB Shell, que
decidiu se casar com Tereza, que se tornou produtora musical.
Em
1986, lança o LP Trancelim, que marca uma mudança em seu estilo
musical, passando a fazer parte do grupo dos compositores de forró,
reencontrando suas raízes nordestinas.
Suas
músicas caem no gosto popular, o que lhe deu a oportunidade de fazer
shows, tanto em casa do Recife (Cavalo Dourado, Casa de Festejos e
outras), com em cidades pelo interior de Pernambuco, com Palmares,
Bezerros e Surubim; e ainda em estados vizinhos.
Neste
mesmo ano, Accioly lançou um LP, pela Polidisc, trazendo um novo
formato, com apenas duas faixas de música. A primeira Minha gata, em
homenagem à esposa, e a outra, Nhém-Nhém.
Mas o LP
Forró Sexual, gravado pela Continental, que veio logo a seguir, não
obteve o mesmo sucesso.
Por entender que houve pouco da
gravadora ele resolveu mudar de selo, assinando contrato com a BMGA
Ariola, que representava, naquela época, os grandes nomes da MPB.
Aceitou o desafio para fazer um disco cujo ritmo estava nas paradas
de sucesso, a lambada. A sua versatilidade como compositor fez surgir
o disco Viva a Lambada, com boas composições.
Mas, em
1991, sofre um grave acidente na rodovia BR 101 Sul, na altura de
Palmares (PE), vindo de um trabalho de divulgação em Maceió. Com
algumas sequelas, o artista passou por um período muito difícil,
que o deixou bastante deprimido. Mas com o auxílio de sua fé e o
apoio da mulher e da filha Talitha, conseguiu superar e aproveitar o
tempo para compor, principalmente forró.
Entre os
intérpretes de suas músicas estão Elba
Ramalho, Roberta
Miranda, Flávio
José, Fagner,
Nando
Cordel, Fábio
Júnior, Jorge
de Altinho, José
Santanna, Paulo
Diniz, Edgar
Mão Branca e os grupos Mastruz
com Leite, Magníficos
e Fala
Mansa.
Com
o surgimento dos CDs, revolucionando o mercado fonográfico, resolve
voltar a gravar. A produção independente de seu primeiro CD,
Lembrança de um Beijo, foi em 1995, sendo a música regravada por
diversos cantores.
Muda mais uma vez de gravadora,
assinando um contrato com a Somzoom, que lhe dava a obrigação de
compor uma cota mensal de músicas, as quais eram enviada a Fortaleza
para serem gravadas pelos grupos de forró ligados à tal
gravadora.
Em 1998, Accioly grava um CD com um leque de
composições, algumas inéditas, e dois anos depois, em maio de
2000, realiza seu último show no Forró Classe A, no Recife, com a
casa lotada e muitos aplausos, o que lhe provocou grande
emoção.
Ainda gravou o CD, um resumo de sua carreira,
intitulado Meu forró, que trazia a músicas Espumas ao Vento, um dos
seus maiores sucessos, incluído em 2003 na trilha sonora do filme
Lisbela e o Prisioneiro, dirigido por Guel Arraes, baseado na peça
homônima de Osman Lins.
Numa monografia ao final do Curso
de Especialização em História de Pernambuco da UFPE, Eduardo
Siqueira da Cunha se refere a Accioly Neto com homem de temperamento
forte, com raízes nordestinas bem expressas em sua músicas e no
trabalho personalizado e, sem dúvida, profícuo, que soube marcar a
Música Popular Brasileira das últimas décadas do século 20.
Seu
último CD, lançado após sua morte em decorrência de aneurisma,
foi Meu Forró.’
e Vivas Para "A ARTE DO MEU POVO"!!!