É com imenso prazer que o “A Arte Do Meu Povo” homenageia esse que é dos GRANDES da chamada nova geração de poetas populares, cantadores e contadores de causos. Ele é um verdadeiro defensor e divulgador da nossa cultura nordestina, um lutador para a continuidade da nossa Sertanidade Nordestinada , Brasileira do Brasil.
O nome desse GRANDE é... Maviael Melo, sobre ele a melhor definição encontrada é a do site https://memoriasdapoesiapopular.com.br/2014/11/25/poeta-maviael-melo-sintese-biografica/ .
Assim…
“O poeta, músico, compositor, cordelista, cantador e arte educador, Maviael Melo, nasceu em Iguaraci, Pernambuco, município do sertão do Pajeú pernambucano, mas curtiu Juazeiro, Bahia e Petrolina, Pernambuco, durante toda infância e adolescência, pois seus pais mudaram-se para Petrolina, onde residiram por longo tempo.
Os dons artísticos de Mavi (apelido) são hereditários, pois é filho do poeta e cantador de viola, Heleno Rodrigues (Itapetim, Pernambuco). Sua mãe, Dona Lourdinha, teve onze filhos, dos quais três são cantores e compositores: Maciel Melo, Marcone Melo e Maviael Melo.
Mavi lançou seu primeiro CD, Entre a Ponte dos Sonhos, em Petrolina, Pernambuco (abril de 2014). Esta produção fonográfica foi composta da seleção de trabalhos – causos, poesias e canções – com os quais ganhou alguns festivais nacionais, a exemplo da música Chegou a vez; convidado a participar do DVD Ética & Ecologia: desafios do século 21, do teólogo Leonardo Boff, lançado em 2008.
Aclamado poeta ambientalista e arte-educador, suas obras abordam temas sobre cuidados com a água, a terra, o planeta e o ser; enquanto pedagogo de formação, ministra oficinas de cordel mostrando a arte como ferramenta pedagógica.
O Cordel das Águas teve mais de cem mil cópias distribuídas nas escolas públicas dos estados da Bahia, Pernambuco, Minas Gerais e Belém do Pará, por ocasião do Fórum Social Mundial (FSM), evento altermundialista (janeiro de 2009).
Residindo em Salvador, Bahia, já apresentou sua “musicalidade poética do homem cultural nordestino” (MELO, 2014) em diversas cidades brasileiras.
Seu poema ...
Olhar pro Sertão
Deslumbrando
ao Sertão mais uma vez
Fez-se em risco de raio no horizonte
Cor
à margem, aos olhos de uma ponte
Do que falta fazer e o que se
fez
Nessa lida do contar até três
Quem na frente desponta
às vezes ganha
Mas quem fica pra trás nem sempre apanha
Nesse
olhar pro sertão que abastece
Cada verso em poesia é feito
prece
Com o tempo conversa e faz barganha
Vou olhando o
sertão e novamente
Abasteço o galão dessa poesia
Brindo
ao tempo que no contar do dia
Galopeia um compasso
diferente
Quando a rima se mostra, o tom da mente
Encandeia
uma fresta irradiando
Entre o pôr de um sol e a noite
andando
Com a saudade na praça, à madrugada
Faz teu
cheiro presente a coisa amada
Vai a cada distância
aproximando
Pelo mundo de forma a questionar
De sentir o
que vê em cada ser
Pela estrada o caminho a percorrer
É a
busca de onde se quer chegar
Envolvendo: o sertão só quis
cuidar
De quem cuida do sonho de um poeta
Acordando com a
rima que completa
Traz nas cordas os versos violão
No
dedilhar direito dessa mão
Que da minha é esquerda predileta
Quero
ao lado do verso prosseguir
Quero o sonho contigo a noite
inteira
Cada olhar, cada riso e brincadeira
Quero tudo em
diários de sorrir
No sertão de um ser tão de
porvir
Vislumbremos então cumplicidades
Quando eu fui
carregado de saudades
Eu levei cada olhar do teu sorriso
No
sertão outro verso sem aviso
Veio em rimas doutras felicidades."
E Viva A ARTE DO MEU POVO!!!